Se sou poeta, sou noite
Em constante melancolia.
Hora sou gente e sentimento,
Hora um amargo vazio.
Sou aquele aprisionado no beijo dos amantes ou no simples andar do andarilho.
Sou à sombra da tristeza de um amor quase vadio.
Faço da frieza da palavra tinta e pergaminho, recriando em sonhos cristalinos, minhas mágoas do tempo de menino.
Choro e sinto, tudo isso, na esperança de no fim, ver meus soluços transformados em estrelas entrelinhas.
E é nesse turbilhão que de triste faço-me alegre, de noturno faço-me dia e de poeta passo a ser gente, acordando para mais uma rotina...
(Paulo Henrique)
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