segunda-feira, 13 de junho de 2011

A poesia de Fernando Pessoa

O tom poético soa na voz do poeta e fortalece o coração de quem gosta de ler boas obras. Por essa razão, estou homenageando o Grande Poeta Fernando Pessoa, que sensibiliza com suas palavras exuberantes.  


Não Sei Quantas Almas Tenho (Fernando Pessoa)
Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não atem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que sogue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo: “Fui eu?”
Deus sabe, porque o escreveu.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

CANTATA

Seria bom se eu pudesse cantar
Esse poema performático
Conclusivo e até cômico,
Ou mesmo, declamá-lo;
para poder mostrar
a composição da minha inspiração.

Descrevo um fato dramático
Mas nem tanto problemático
Com letra simples, de forma lírica e de
Fácil interpretação.

Como um lírio no campo
Exposto à brisa e ao orvalho
Em formato de açucena-branca
Que pode ser substituído por
Flor exuberante.

Nunca é tarde para se sobrepor
Uma ação definitiva
De tudo aquilo que
Precisa ser dito.

É por isso que digo sempre
Que ser poeta é dom,
Poetar é uma terapia
E fazer uma cantata é prazeroso.

Que os lírios do campo
Continuem me inspirando
Para que meu cantar
Se transforme em performance poética
Capaz de me conduzir
A um lugar
Que eu bem mereço.

O lugar já está escolhido
Faz parte do meu dia a dia
Não sei se vou conseguir poetar sob os acordes na cantata
Farei pelo menos, uma serenata
Em forma de cantoria
Estou contando em verso e prosa
Fazendo o que posso e o que não posso
Agora estou certo de que o lugar que eu tanto mereço
Para defender a cultura literária
É a cadeira de número 5
Na nossa ACLA, verdadeira Academia.

Autor: Paulo Vasconcellos - Poeta Popular, integrante da Academia Capanemense de Letras e Artes - ACLA, titular da Cadeira número 5.  

quarta-feira, 11 de maio de 2011

AMOR É PROSA, SEXO É POESIA - Por Arnaldo Jabor

Sábado, fui andar na praia em busca de inspiração para meu artigo de jornal. Encontro duas amigas no calçadão do Leblon:
- Teu artigo sobre amor deu o maior auê... – me diz uma delas.
- Aquele das mulheres raspadinhas também... Aliás, que você tem contra as mulheres que barbeiam as partes? – questiona a outra.
- Nada... – respondo. – Acho lindo, mas não consigo deixar de ver ali nas partes dessas moças um bigodinho sexy... não consigo evitar... Penso no bigodinho do Hitler, do Sarney... Lembram um sarneyzinho vertical nas modelos nuas... Por isso, acho que vou escrever ainda sobre sexo...
Uma delas (solteira e lírica) me diz:
- Sexo e amor são a mesma coisa...
A outra (casada e prática) retruca:
- Não são a mesma coisa não...
Sim, não, sim, não, nasceu a doce polêmica ali à beira-mar. Continuei meu cooper e deixei as duas lindas discutindo e bebendo água-de-coco. E resolvi escrever sobre essa antiga dualidade: sexo e amor. Comecei perguntando a amigos e amigas. Ninguém sabe direito. As duas categorias trepam, tendendo ou para a hipocrisia ou para o cinismo; ninguém sabe onde a galinha e onde o ovo. Percebo que os mais “sutis” defendem o amor, como algo “superior”. Para os mais práticos, sexo é a única coisa concreta. Assim sendo, meto aqui minhas próprias colheres nesta sopa.
O amor tem jardim, cerca, projeto. O sexo invade tudo isso. Sexo é contra a lei. O amor depende de nosso desejo, é uma construção que criamos. Sexo não depende de nosso desejo; nosso desejo é que é tomado por ele. Ninguém se masturba por amor. Ninguém sofre de tesão. O sexo é um desejo de apaziguar o amor. O amor é uma espécie de gratidão posteriori pelos prazeres do sexo.
O amor vem depois, o sexo vem antes. No amor, perdemos a cabeça, deliberadamente. No sexo, a cabeça nos perde. O amor precisa do pensamento.
No sexo, o pensamento atrapalha; só as fantasias ajudam. O amor sonha com uma grande redenção. O sexo só pensa em proibições: não há fantasias permitidas. O amor é um desejo de atingir a plenitude. Sexo é o desejo de se satisfazer com a finitude. O amor vive da impossibilidade sempre deslizante para a frente. O sexo é um desejo de acabar com a impossibilidade. O amor pode atrapalhar o sexo. Já o contrrário não acontece. Existe amor sem sexo, claro, mas nunca gozam juntos. Amor é propriedade. sexo é posse. Amor é a casa; sexo é invasão de domicílio. Amor é o sonho por um romântico latifúndio; já o sexo é o MST. O amor é mais narcisista, mesmo quando fala em “doação”. Sexo é mais democrático, mesmo vivendo no egoísmo. Amor e sexo são como a palavra farmakon em grego: remédio e veneno. Amor pode ser veneno ou remédio. Sexo também – tudo dependendo das posições adotadas.
Amor é um texto. Sexo é um esporte. Amor não exige a presença do “outro”; o sexo, no mínimo, precisa de uma “mãozinha”. Certos amores nem precisam de parceiro; florescem até mas sozinhos, na solidão e na loucura. Sexo, não – é mais realista. Nesse sentido, amor é uma busca de ilusão. Sexo é uma bruta vontade de verdade. Amor muitas vezes e uma masturbação. Seco, não. O amor vem de dentro, o sexo vem de fora, o amor vem de nós e demora. O sexo vem dos outros e vai embora. Amor é bossa nova; sexo é carnaval.
Não somos vítimas do amor, só do sexo. “O sexo é uma selva de epiléticos” ou “O amor, se não for eterno, não era amor” (Nelson Rodrigues). O amor inventou a alma, a eternidade, a linguagem, a moral. O sexo inventou a moral também do lado de fora de sua jaula, onde ele ruge. O amor tem algo de ridículo, de patético, principalmente nas grandes paixões. O sexo é mais quieto, como um caubói – quando acaba a valentia, ele vem e come. Eles dizem: “Faça amor, não faça a guerra”. Sexo quer guerra. O ódio mata o amor, mas o ódio pode acender o sexo. Amor é egoísta; sexo é altruísta. O amor quer superar a morte. No sexo, a morte está ali, nas bocas... O amor fala muito. O sexo grita, geme, ruge, mas não se explica. O sexo sempre existiu – das cavernas do paraíso até as saunas relax for men. Por outro lado, o amor foi inventado pelos poetas provinciais do século XII e, depois, revitalizado pelo cinema americano da direita cristã. Amor é literatura. Sexo é cinema. Amor é prosa; sexo é poesia. Amor é mulher; sexo é homem – o casamento perfeito é do travesti consigo mesmo. O amor domado protege a produção. Sexo selvagem é uma ameaça ao bom funcionamento do mercado. Por isso, a única maneira de controla-lo é programa-lo, como faz a indústria das sacanagens. O mercado programa nossas fantasias.
Não há saunas relax para o amor. No entanto, em todo bordel, FINGE-SE UM “AMORZINHO” PARA INICIAR. O amor está virando um “hors-d’oeuvre” para o sexo. O amor busca uma certa “grandeza”. O sexo sonha com as partes baixas. O PERIGO DO SEXO É QUE VOCÊ PODE SE APAIXONAR. O PERIGO DO AMOR É VIRAR AMIZADE. Com camisinha, há sexo seguro, MAS NÃO HÁ CAMISINHA PARA O AMOR. O amor sonha com a pureza. Sexo precisa do pecado. Amor é o sonho dos solteiros. Sexo, o sonho dos casados. Sexo precisa da novidade, da surpresa. “O grande amor só se sente no ciúme” (Proust). O grande sexo sente-se como uma tomada de poder. Amor é de direita. Sexo, de esquerda (ou não, dependendo do momento político. Atualmente, sexo é de direita. Nos anos 60, era o contrário. Sexo era revolucionário e o amor era careta). E por aí vamos. Sexo e amor tentam mesmo é nos afastar da morte. Ou não; sei lá... e-mails de quem souber para o autor.

 Arnaldo Jabor

quarta-feira, 4 de maio de 2011

POEMA DO AMOR

Lá vai o amor

Passando por um coração.
Lá vem a solidão, esquecida,
Porém, emergente.

Lá se foi meu coração
Esperançoso de tua presença.
Chegou o amor voraz
Baseado em tua lembrança.

Quero te receber com um abraço
Daqueles que jamais esquecerei.
Apertar-te em meu peito
E matar a saudade que me persegue.

Não vou chorar e nem lamentar
Vou te esperar, antes que seja tarde.
Preciso ter você perto de mim
Para te fazer feliz, sempre assim.

Na tarde chuvosa
Te espero,
Se não vieres,
Vou ficar triste
Pois só assim, reconheço que te perdi.
 

Autor: Paulo Henrique 

quinta-feira, 21 de abril de 2011

A Páscoa é Fraternidade

Estamos comemorando o momento em que todos os Cristãos se irmanam e refletem independente de religião. Para comemorar o período, estou destacando abaixo, texto em Acróstico, desejando ótima e Abençoada Páscoa.

Precisamos de Paz e Fraternidade
Ainda bem que somos irmãos em Cristo
Solidificar a família com as bênçãos de Deus
Cristo reina em nossos corações
Onde estivermos, precisamos elevar o nome do Pai
Acrescentemos a felicidade aos nossos pedidos.

Com fervor e serenidade estamos unidos
Orar em favor dos irmãos é necessário
Muitas vezes nos deparamos com situações desagradáveis

Contemos com o amor Fraterno e cantemos com louvor
Religiosamente nos completamos
Isto porque, somos filhos de Deus
Santíssimo é o seu Nome
Todos os dias pedimos bênçãos  
Onde quer que estejamos.

Mais uma vez, desejo Feliz Páscoa para todos os meus amigos!!!

(Paulo Henrique)

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Monólogo

Em uma cena só, quero ser teu ator preferido
Representar de forma eficiente
Interpretando para mim mesmo
Meu monólogo, para que ninguém me julgue
Pois, nesse contexto natural
Só você pode me julgar.


Sou o ator principal de uma peça
Que tem você como coadjuvante
Num papel secundário e verdadeiro.


Quero ser o primeiro
A sentir que o show ainda vai começar
Para poder abrir meu coração
E dizer a você, que a imensidão do mundo
Faz do amor, um sentimento profundo
Capaz de unir dois seres
E que essa união frutifique
E se ramifique.


Na interpretação do pensamento
Nada se transforma, tudo se constrói.


Autor: Paulo Henrique

quinta-feira, 14 de abril de 2011

F A S C I N I O



Meu fascínio é você
Sem você, não sei viver,
Com certeza, prefiro morrer
Morrer de saudade, desejo...
E vontade de te ver.


Você despertou em mim
Um amor que jamais senti,
Um amor louco e incontrolável
Difícil de explicar.


Um amor com mistura
De poesia e canção
Um amor com a doçura
Do néctar das flores
Um amor que ferve no peito,
Ao pensar em teus beijos de mel


Não consigo viver,
Sem a luz que brilha em teus olhos,
Sem aquele encontro surpresa
E aquela emoção em te ver.


Oh! Meu amor!
O que sinto por ti é mistério,
É fascínio, encanto e sedução´...
E o que me faz te amar tanto?
Juro, não sei, não sei decifrar,
E nada, nada, no mundo,
Jamais me fará te esquecer.




Autor: Paulo Henrique

sexta-feira, 8 de abril de 2011

PÁGINAS DA MINHA HISTÓRIA

Removeste um sentimento oculto
Que já estava arquivado
Na estante da resignação
Desviaste o meu sereno percurso,
A tua doce presença
Fez-me perder a razão
Às vezes acho que seja miragem
Surpreendo-me com a realidade
Por mais que eu tente fugir
Só encontro aberta a porta do teu coração
E me hospedo como um posseiro em tua vida.
Você foi o capítulo mais importante
De toda minha história
As páginas do livro da minha vida
Margeaste com meiguice e carinho
A parte mais colorida do livro
Foi ilustrada com ternura e afeto
E molhaste aquela frase
Com lágrimas de tua emoção.


(Paulo Henrique)

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Além de tudo


As energias se multiplicam
e me levam a algum lugar

sem ter rumo e nem pressa, me ponho a pensar...

além de tudo, além da vida, na mocidade, na fase adulta, na velhice.... quem sabe!

Caminho à beira-mar
procuro situar meu pensamento naquela silhueta, mas de repente... tudo desaparece da minha frente.

Um vento forte parece avisar-me que algo aconteceu
continuo meu caminhar,
estou sem pressa,
o sol quente queima a minha pele, a água do mar banha meu corpo, a sensatez me contagia.

Vou caminhar... e continuar caminhando
em busca da paz e da alegria

Além de tudo... além da vida....além do mar.



Autor: Paulo Henrique (22.08.2010)

Penso em Você...

Tenho trabalhado tanto, mas sempre penso em você. Mais de tardezinha que de manhã, mais naqueles dias que parecem poeira assenta e com mais força quando a noite avança. Não são pensamentos escuros, embora noturnos…

Sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em você. Eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver, entende?

Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar carinho, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu.
Mas se você tivesse ficado, teria sido diferente? 
Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais — por que ir em frente?

Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia — qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido.
Tinha terminado, então. Porque a gente, alguma coisa dentro da gente, sempre sabe exatamente quando termina.
Mas de tudo isso, me ficaram coisas tão boas. Uma lembrança boa de você, uma vontade de cuidar melhor de mim, de ser melhor para mim e para os outros. De não morrer, de não sufocar, decontinuar sentindo encantamento por alguma outra pessoa que o futuro trará, porque sempre traz, e então não repetir nenhum comportamento. Ser novo.

Mesmo que a gente se perca, não importa. Que tenha se transformado em passado antes de virar futuro. Mas que seja bom o que vier, para você, para mim. Te escrevo, enfim, me ocorre agora, porque nem você nem eu somos descartáveis.
. . . E eu acho que é por isso que te escrevo, para cuidar de ti, para cuidar de mim – para não querer, violentamente não querer de maneira alguma ficar na sua memória, seu coração, sua cabeça, como uma sombra escura.

(Paulo Henrique)

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Quando chegar o fim - Por Nilson Mesquita

Idas e vindas,
luta todo o dia,
o final cotidiano,
o ideal que se esvai.


Porque tanta determinação?
para que suar em demasia?
vejo o homem esgotado,
vi quando ele caiu,
levantou torturado,
frustrado,
sem expressão.


Não reclama,
não agride,
espera, carente,
vive do coração,
mas a razão o consome,
não sabe calcular.


Somente se manifesta,
e quer ser visto,
ser notado,
dizer quem é,
falar que pensa mudar.


Muitos lhe dão ouvidos,
sabem da sua angústia,
mas a agonia não cessa.


Anos e anos torturado,
uma busca incessante,
empurrado pela utopia,
quer mesmo jogar a toalha,
mas essa força lhe empurra,
sedento,
em frangalhos,
se arrastando como serpente.


Não entende que não lhe entendem,
tão claro que é,
é ávido,
se vê no anfiteatro,
a luz sobre si,
os olhos e mentes extasiados,
os braços abertos,
a felicidade de se pôr,
as idéias devoradas, a intimidade invadida.


É o céu ou é o sonho?
não sabe mais,
foi consumido pelo espetáculo,
confundiu-se com o personagem.


Será o fim?
o homem do lado lhe diz:
subiu apenas um degrau de uma longa e tenebrosa escada.


Se imaginou só todo o tempo,
escuridão,
solidão,
desilusão,
e agora de olhos abertos,
é que viu gente.


Simbiose,
sintonia,
admiração,


Ele já sabe,
quando chegar o fim...,
não, não, o fim não chegará,
agora é que vai começar!


Nilson Mesquita - Poeta e Escritor

sábado, 26 de março de 2011

Pensamento em Acróstico

Sensatez envolvente e persistente
Enquadramento em redoma reluzente
Natureza que enobrece e solidifica
Simular não condiz com a realidade
Inevitável forma de ecoar
Brado não significa grito
Irritação provoca aborrecimento
Liberdade ainda que tardia
Incrédulo aquele que renega a Deus
Discutir não é bater boca  
Amanhã, quem sabe, poderemos ter unidade fraterna
Discreto é aquele que não expõe sua sensibilidade
Explica-se: Ser sensível é ser coerente. 

A sensibilidade atrai o mentor de cada frase e isso provoca reações imediatas. Por essa razão, usar o ato sensível é ter certeza de que meditar, coincide com a reflexão. (Paulo Henrique)


Medo???

Quanto mais o tempo passa, menos conheço o ser humano.
E a certeza que ficará ainda pior daqui alguns anos ainda me assusta.
Quando acho que não posso mais me surpreender.
Eis que surge uma novidade. Um fato. Um detalhe.
O que mais você tem medo???
Eu tinha medo de coisa de outro mundo, mas hoje eu tenho medo de gente.
Gente que sorri de um jeito e pensa de outro.
Gente que te olha nos olhos docemente e dá grandes gargalhadas por dentro.
Gente que fala uma coisa e faz outra.
Gente que veste uma máscara de bondade e sorrateiramente leva seus dias de paz embora.
Tenho muito medo disso.
E mais medo ainda de saber que um dia alguém assim esteve perto.
Medo de gente faz a gente se conhecer melhor.
Faz a gente não importar mais com as palavras que a pessoa diz.
Mas ficar esperando o que ela faz.
E por mais que não saibamos o que ela faz. Um dia as histórias aparecem.
E aí que vamos descobrindo os detalhes que a compõem.
As doces mentiras. 
Que de tão doces, quase são verdades.
E a gente está tão obcecada, que qualquer sorriso bem dado nos comove.
Por isso continuo fincada com os pés no chão.
Já que pretendo passar por muito tempo por aqui, o melhor é me acostumar com elas.
Medo de gente....
Quem diria que um dia eu ia ter...
Devem ser os ares desses novos tempos, fazer o quê?!!

(Paulo Henrique)

quinta-feira, 24 de março de 2011

Feliz em te conhecer...

Na vida damos muitas voltas...
E, durante esses giros encontramos muitas pessoas que
nos marcam e que nos deixam alguma coisa especial.


Com você foi assim...
A gente se conheceu de repente naquele jeito que
somente a vida nos prepara e gostei da sua forma
de falar, de agir, de me tratar,
você já está sendo especial em minha vida.


Já ganhou um espaço íntimo em meu coração
espero que você também tenha tido
a mesma impressão de mim.


Pois estou alegre por ter conhecido uma pessoa
tão legal como você, tão diferente, tão agradável...


É não sei não...
Mas gostei de você e quero te falar
que eu estou feliz por ter conhecido você!

(Paulo Henrique) 

quarta-feira, 23 de março de 2011

Crônica do Amor


Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.

O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.

Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.

Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.

Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.

Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.

Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então?

Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.

Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.

Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara?

Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.

É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.

Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?

Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.

Não funciona assim.

Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.

Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!

Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.

(Arnaldo Jabor)

Crônica da VIDA

Somos todos passageiros, passageiros de um trem qualquer, e vamos num daqueles comboios, e nosso subconsciente traça uma visão idílica.

Pensamos sempre no destino final, aguardamos ansiosos a nossa estação. Imaginamos , que nas estações da vida ao desembarcarmos haverá, bandas a tocar e bandeiras a acenar. E achamos que quando chegarmos a estação idealizada, todos os nossos sonhos irão se concretizar.
 

Assim passamos nossa vida a planejar:
 

“Quando eu tiver dezoito anos….”
“Quando eu comprar um carro novo…”
“Quando colocar meu último filho na Universidade..”
“Quando eu for promovido…”
“Quando me aposentar , vou viver feliz para sempre!”
 

Mais cedo o mais tarde , percebemos , que não há estação, não há lugar a chegar. A VERDADEIRA ALEGRIA DA VIDA É A VIAGEM. A estação é apenas um sonho, que fica cada vez mais longe.
 

Por isso devemos parar de contar os quilómetros. Em vez disso, vamos apreciar a viagem, curtir mais, o que vemos todos os dias, flores, paisagens, crianças, nadar no rio, tomar sorvete, olhar o pôr do sol, rir mais e chorar menos. Porque uma coisa é certa, a última estação, esta chegará.!!!
 
Por: Malubarni
Publicado no Recanto das Letras em 22/02/2011 

terça-feira, 22 de março de 2011

Dia Mundial da Água - 22 de Março

Desde os primórdios da humanidade, sabemos que o homem sempre se estabeleceu em locais próximos aos rios e mares, para garantir seu sustento através da agricultura.

A história do Egito faz uma excelente demonstração desse fato, quando os homens, às margens do rio Nilo, fizeram os primeiros aglomerados humanos e construíram as primeiras cidades do mundo. Ali já se registrava o quanto o homem era dependente da água.

Porém, com o passar dos anos, com a evolução da humanidade, a água passou a ser tratada com desrespeito, sendo poluída e desperdiçada.

Por esses motivos, a ONU – Organização das Nações Unidas criou o Dia Mundial da Água, em vinte e dois de março de 1992, para promover discussões acerca da consciência do homem em relação à mesma.

Em dez de dezembro de 2002, o senado brasileiro aprovou o dia nacional da água através do projeto de lei do deputado Sérgio Novais (PSB-CE). O texto destaca que esse deverá “oferecer à sociedade brasileira a oportunidade e o estímulo para o debate dos problemas e a busca de soluções relacionadas ao uso e à conservação dos recursos hídricos.”

A preocupação surgiu através dos grandes índices de poluição ambiental do planeta, envolvendo a qualidade da água que consumimos.

A ONU elaborou um documento com medidas cautelosas a favor desse bem natural, trazendo também informações para garantir a cultura de preservação ambiental, a consciência ecológica em relação à água.

Na Declaração Universal dos Direitos da Água, criada pela ONU, dentre as principais abordagens estão:

- Que devemos ser responsáveis com a economia de água, pois essa é condição essencial de vida;
- Que a mesma é um patrimônio mundial e que todos nós somos responsáveis pela sua conservação;
- Que a água potável deve ser utilizada com economia, pois os recursos de tratamento são ainda lentos e escassos;
- Que o equilíbrio do planeta depende da preservação dos rios, mares e oceanos, bem como dos ciclos naturais da água;
- Que devemos ser responsáveis com as gerações futuras;
- Que precisamos utilizá-la tendo consciência de que não devemos poluí-la ou envenená-la;
- Que o homem deve ser solidário, evitando o seu desperdício e lutando pelo seu equilíbrio na natureza.

Com esse documento, a Organização das Nações Unidas tornou obrigatório que todos os homens sejam responsáveis pela qualidade da água, bem como pela sua manutenção, tendo assim, formas de garantir a melhoria de vida no planeta.
 

Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola



22 de Março dia da Água

Água nossa de cada dia

Água fonte de vida
Água esperança
Água que mata a sede
Água que molha a planta.

Água que brota da terra
Água que sai do chão
Água que molha o trigo
Trigo que faz o pão.

Água que sangra das pedras
Água que vem da natureza
Água que nos dá alegria
Água que revigora a beleza.(...)


(Paulo Henrique) 

domingo, 20 de março de 2011

QUERO VOCÊ...

Quero você,
como quem quer e precisa do ar que respira,
Naturalmente,
sem pressa e nem força,
mas para sempre.
Quero você por milhares de motivos
que existem e não consigo enumerá-los,
porque é meiga e mágica,
porque cativa e me encanta,
está em mim e faz falta...
Porque está distante e juntinho,
porque é frágil
e capaz de se parecer forte o bastante
para impor a saudade que sinto.
Quero você como se fora
a única maneira de tê-la por perto,
como se sua presença fosse a continuação da minha.
Quero você em meus sonhos,
nos pensamentos, nas visões
e na minha vida.
Quero você namorada, mulher e amante.
Quero você alegre para me embebedar de seu riso.
Triste para beijar suas lágrimas,
medrosa para lhe tomar a mão e
sonhadora para convidá-la a meus sonhos...
Quero sua alma para enlaça-la a minha,
seu coração para pulsar comigo.
Quero você porque quero!
Por motivos lógicos e insanos,
para estar com você,
por interesse,
razões inconfessáveis,
para beijar-lhe a boca,
sentir seu gosto,
fazê-la minha,
por me completar,
para passear de mãos dadas,
dançar e sentar nas areias deste sonho,
para saber de você.
Quero você porque é a maneira que encontro de lhe dizer
e confessar que a quero.
É o jeito que descubro de lhe chamar,
de pedir que fique comigo.
Mas não me pergunte
porque quero tanto você,
eu não saberia dizer!


(Paulo Henrique)